segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Brinquedos: coisa muito séria


Mais que diversão, eles ajudam a criança da compreensão do mundo.Para a criança, brincadeira é coisa séria. E não há problema nenhum nisso. Pelo contrário, uma das maiores preocupações dos pais é justamente achar o brinquedo certo para seu filho. Com tantas novidades nas lojas, não é difícil se sentir perdido no momento da escolha. Cheiros, formatos, luzes, dispositivos eletrônicos, texturas, funções. Nas prateleiras há um pouco de tudo - diversão para todos os gostos. Mas, para não errar no brinquedo, é preciso, antes, entender a função e a influência desses objetos na vida dos pequenos.Os brinquedos são instrumentos que auxiliam a criança a interagir com o mundo ao seu redor. É por meio de atividades lúdicas que ela se expressa, aprende, descobre. Jogos, bonecos, bolas e afins, além de divertir, surgem como um canal único de comunicação e de desenvolvimento da imaginação, como explica Mônica Picanço, professora e coordenadora geral da creche da UFF. "Cada brincadeira é um universo para ela descobrir, entender. Brincar para a criança não é mentira. Tudo dela está presente ali. É uma forma de estar em relação com o mundo, com o outro", diz.

"Introduzimos a criança à sociedade por meio da brincadeira."

A criança utiliza o brinquedo para explorar o que a cerca, mas esse caminho de descobertas, não deve ser traçado de forma solitária. Os pais são personagens fundamentais no universo da brincadeira. "A criança vem ao mundo e não sabe de nada. Somos nós quem damos significado a tudo. Introduzimos a criança à sociedade por meio da brincadeira. É uma linguagem primordial no mundo infantil e não é o brinquedo por si só. É fundamental a presença dos parceiros", afirma Mônica.Entre o chip e a varetaAs inovações tecnológicas no mundo dos brinquedos chamam a atenção dos pais pelas características multifuncionais, pelo design e os recursos interativos. Novidades que têm seu valor e podem, sim, entrar no carrinho de compras e na lista do Papai Noel. Porém, não devem substituir brincadeiras tradicionais, como aquelas do tempo da vovó. "Uma pedra, uma folha, o vento, um papelzinho que você joga para o ar. Todos são materiais cheios de possibilidades. Às vezes, as pessoas ficam frustradas porque não podem comprar aquele brinquedo caríssimo e, de repente, aquilo diverte a criança nos primeiros momentos e depois, ela acaba querendo arrancar uma roda, um pedaço. Aí, os pais acabam estressados porque o pequeno está estragando o brinquedo que custou uma fortuna", conta a professora.
Extraído do site:

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